27 de set. de 2009

Love, alcohol and a song

Maybe it’s not time for love
Maybe it’s not right.
It’ll be time for love
When everything seems right
And all I’ve got is real...

Quando me perguntam: "E ai, como tão os casos/namoros/etc?" eu fico me questionando profundamente como interpretam minha resposta que, geralmente, não varia muito: "Não tô pensando nisso agora, tenho outras prioridades, tô bem assim, de verdade".
É difícil explicar como, de repente, outras coisas viram prioridade. A minha sempre foi o lado pessoal, e não adianta dizer que não, porque foi e era até pouco tempo. Não sei exatamente quando foi que isso mudou. Se foi alguma desilusão que desencadeou um processo que troca posições numa lista fictícia de prioridades. Se foi uma sucessão de acontecimentos (ou não acontecimentos)... Sabe-se lá o quê foi! Não importa!
O problema começa quando, após dar essa resposta sucessivas vezes, você começa a se perguntar se é só um adiamento de um lado da vida (50% dela?) ou se esse lado está morrendo. Às vezes eu sinto como se estivesse. Pra onde foi o desejo? O tesão? A empolgação? Aquele tempo do dia dedicado a fantasiar encontros inusitados com alguém que te desperte alguma atenção? Quando ninguém mais te desperta atenção...e aí?
Faz um tempo que ninguém me desperta atenção sem fazer um grande esforço pra isso. Talvez um ou outro que tivesse essa chance demorou muito e aí eu já tinha bebido demais pra ter uma conversa que valesse à pena.
Dizem que álcool é depressivo e etc. E eu nunca achei que fosse. Mas há um tempo ele tem estragado boas possibilidades pra mim em certos momentos. Não sei o que acontece, não estou preocupada em ser uma alcoolatra, até porque não bebo muito frequentemente e poucas vezes em grande quantidade, só não tenho gostado do efeito que tem surtido em mim.
A respeito do trecho ali em cima...
Talvez não seja hora pro amor, talvez não seja a hora certa. Será a hora certa quando todo o resto parecer certo e tudo o mais parecer real.