Quando a gente fala, algumas constatações saem nuas e cruas.
Claras e tão óbvias, como se já tivessem sido pensadas antes.
Hoje comentei sobre como eu fiquei três anos envolvida com uma (ou numa) pessoa que não sabia/não se interessava em nada sobre mim. (Cara que bom que eu posso escrever isso aqui).
Se livrar disso é bom, pra não dizer essencial. Mas ficam resquícios. Calma, já vou explicar.
Falam daquelas pessoas que se apaixonam fácil.
Falam daquelas pessoas que grudam.
'Eles' falam; quem fala?
Não é propriamente se apaixonar. Porque se apaixonar é mais que isso. É tudo aquilo que eu narrei aqui por meses a fio.
Tem gente carente, coisa que eu nunca fui... apenas estive. É uma situação, não um estado.
Até porque, se você nunca se livrar disso... Sei lá.
O que eu sinto, o que tem me impressionado nas pessoas ultimamente é o interesse.
Uma pessoa, que tu conhece em
uma noite, pode sim saber mais da tua vida que um fdp com quem tu conviveu por três anos.
O quê isso faz com tua cabeça? Ainda estou descobrindo.
Talvez o fato de eu ser eu (último post); + essa admiração por me admirarem, por se interessarem; + a minha super capacidade fria e calculista de não correr atrás (quando chega um determinado momento pautado pelas circunstâncias - não me peçam para definir, eu simplesmente SEI) resulte em algo algum dia. Talvez eu pense que isso efetivamente tem um significado, mas continua tudo errado.
São maneiras diferentes de tentar.
Tentar não deixar de acreditar.
Não sei quando se deve perder as esperanças.
Dizem ('eles' de novo) que quando tu para com tudo, perde as esperanças, desiste, whatever... é que bate na porta aquilo que tu não acreditava mais.
Sorry, não consigo aceitar isso. Mesmo quando eu achei que tivesse desistido, a fagulha ainda persistia, mesmo que branda.
Eu acredito e eu quero a chance.
Que seja pra eu decidir que nunca mais depois de uns meses, mas eu preciso saber se esse tal de amor existe.
E tudo se resume a isso.
Esse blog se resume isso, o jeito como eu me comporto, como eu sorrio, pisco, respiro, olho ao redor.
Everybody is looking for something. Pode fingir que não... vá em frente e boa sorte.
Você também está procurando.
Mudando um pouco de assunto, quero citar um trecho que é propício e que acho que já citei:
" Dedicar-se à criação e ao usufruto da beleza pode ser, portanto, um negócio sério – nem sempre necessariamente uma forma de fugir da realidade mas, algumas vezes, uma forma de ater-se à realidade, quando todo o resto está se desfazendo em... retórica e trama. (...). Apreciar o prazer pode ser a âncora de humanidade de uma pessoa. (...). ... Senti um vislumbre de felicidade, e, quando você sente um tênue potencial de felicidade depois de épocas tão sombrias, precisa agarrar essa felicidade com todas as suas forças e não soltá-la até ela arrastar você para fora da lama – não se trata de egoísmo, mas sim de libertação. Você recebeu a vida: é seu dever (e também seu direito como ser humano) encontrar alguma coisa de belo nessa vida, por mais ínfima que seja. (...)."
Continuo concordando, mas agora fico em dúvida se devia. É uma faca que corta dos dois lados e que pode te picar em pedacinhos. Será que é um forma de ater-se à realidade, uma vez que essa realidade é minoria? Será essa minha âncora? "(...) Os deuses não amam, se deixam amar". - fica martelando aqui.
Can I be a goddess?
Status: Duas ou três taças de vinho depois.
Hoje parece aquela noite... só que era mais quente e eu acordei daquele jeito que eu não acordo faz tempo.
Set/2012 and I souldn't think about it... but well, it REALLY doesn't mean anything right now. Just a person and situation that don't exist anymore.
E música eletrônica.
Fazia tempo que eu não ficava com essa janela tanto tempo aberta, talvez por isso saiu tanta coisa... Por que foi saindo.
Um beijo
Amy