22 de ago. de 2016

Sobre saudade

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo muito grave para sentirmos tanta saudade...

Plagiando, copiando, adaptando, citando esse texto que é tão velho... o Mr. Google diz que é da Martha Medeiros, vai saber.
Na minha cabeça nos últimos tempos vem e volta a mesma frase: por que tanta saudade? E ai eu completo mentalmente com essa frase aí de cima. "Em alguma outra vida, devemos ter feito algo muito grave para sentirmos tanta saudade."
Não, nunca, jamais senti ela apertar desse jeito. Não é meu coração, é o corpo inteiro que se espreme, se contorce, se divide de tamanho, se reparte, se rasga e dilacera.
Dói, meus senhores.
A verdade é que dói o tempo inteiro.
Eu me quero de volta. Alguém aí tem a capacidade de pegar a tristeza com a mão e tirar? Eu pago o que for.
Dias bons, dias ruins.
Vai passar. Faz cinco meses que eu repito isso depois de lembrar da frase: em alguma outra vida, devemos ter feito algo muito grave para sentirmos tanta saudade.
Já faz quase seis. Contando os dias, todo dia eu devia ganhar uma moeda.
É uma loucura insana mental de abstinência solitária.
Eu já fiz umas coisas difíceis na vida, mas como isso nunca.
Difícil, não cabem as palavras.
Só dói.
Dói o tempo inteiro.
E você nem sabe.

"(...) Saudade é não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz,e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso. É não querer saber se ele está mais magro, se ele está mais belo. Saudade é nunca mais saber de quem se ama e ainda assim doer. Saudade é isso que senti (e sinto) enquanto estive escrevendo e o que você (deveria) provavelmente estar sentido agora depois que acabou de ler.” Quem inventou a distância nunca sofreu a dor de uma saudade."


Ao mesmo tempo em que te procuro em todo canto, sigo catando minha alegria.
Você ia e voltava com uma carga de sentimentos pesada, mas minha alegria tava sempre ali no meio, leve e ao alcance da mão.
Saudade do que eu sentia, de dormir sorrindo, acordar pulando. Mesmo que, pra ser justa, eu tenha que admitir que não foram tantas vezes assim. Se me oferecessem a oportunidade de voltar no tempo eu não deixaria nem terminarem a última palavra. Me leva de volta? Me prende lá.


A tela tá meio embaçada...
Boa noite

10 de jul. de 2016

Ela queria demais, ele de menos

Ela está desistindo, pulando fora antes de se machucar por demais. Ele não soube amar, ela menos ainda. E não é só porque ela seja muito exigente ou não tenha lhe dado o seu espaço. Também não é porque ele não sinta nada e não queria estar por perto. As expectativas é que não se encontraram, eles vivem momentos distintos. Ele tem medo e ela ansiedade, essa combinação não pode dar certo. A bagagem emocional foi pesada demais.

Ele se envolveu e entrou em pânico, os homens têm essa mania. Ela não quer mais comprometer suas noites olhando obcecada para a tela do celular esperando uma resposta. Ele não é capaz de amá-la como ela quer. Ele se fechou as sete chaves de tal maneira que ela não conseguiu entrar. Ficaram os dois olhando para a porta um do outro. Ela tentando arrombar a dele, ele olhando pela fresta que ela deixou aberta. E a campainha, ninguém tocou.

Ela, romântica que só, achou que tivesse encontrado o príncipe encantado e mergulhou de cabeça. Depositar todas as fichas naquele sorriso barbudo era uma aposta fácil de fazer. O charme arrebatou o coração da garota e as palavras doces desmontaram as autodefesas. Era pra sempre, ela acreditava. Inocente, fantasiou a eternidade naqueles olhos de jabuticaba. E quanto mais confiava sua felicidade naqueles braços, mais frio sentia. Era decepcionante, mas ela era insistente e deu murro em ponta de faca, até sangrar os dedos.

Ele, que já tinha reconstruído o coração depois de uma grande desilusão, prometeu nunca mais deixar alguém se aproximar demais. O medo tomou conta de todos os sentidos quando ele percebeu que ela forte o suficiente para conquista-lo. Se encantou com os cabelos claros e sorriso solto. Se apaixonou pela inteligência e senso de humor que ela sempre demonstrou. Estar com ela era simples e por isso deixava tudo mais complicado. Como resistir? Era melhor recuar, não era hora de arriscar tudo de novo.

Quanto mais ela puxou, mais ele correu. Quanto mais ela chorou, mais ele sofreu. Quanto mais ela insistiu, mais ele escondeu. Quanto mais eles lutavam, cada um a sua batalha, mais o amor ia perdendo força. Era uma guerra desleal, dois contra um. E a fita arrebentou, exatamente quando ela tentou dar um nó e ele desfez o laço.


by Monika Jordão
Sem tirar nem por.
Com saudade, beijos da Amy.

22 de jun. de 2016

Tem dias

Tem dias que o coração afunda
Se encolhe
Some no peito
Parece que uma âncora puxou ele pra região do estômago
Me sinto seguida
No twitter, no instagram
Aqui é meu refúgio
Só pra dizer de novo
Que eu juro que tô tentando
De todos os jeitos
De todas as maneiras que eu conheço
Com todas as armas que já me apresentaram
Deixar você pra trás
E ao mesmo tempo que eu sinto que já foi e não tem volta
Ao mesmo tempo que nem te imagino mais aqui
Parece que tua presença ficou, como um fantasma
Deixa eu dar um google aqui
Só achei esse dado: 22h
É o tempo que eu levaria de avião se fosse querer te encontrar agora
Não tenho procurado contato
Só notícias, esporádicas
Onde eu puder achar
E na boa, saber que você tá tão longe nem devia mudar nada
Mas parece outro golpe
Dói recomeçar
Reconstruir é a pior coisa quando não se quer sair do chão



Não gosto de escrever assim
Dando enter
Mas a visão tá meio turva
Desculpem por sofrer
Por sempre dar errado
Um dia vou escrever uma história feliz aqui
Uma recíproca
Um dia

26 de mai. de 2016

Aniversários

E começa a era de aniversários.
(Sim, eu tenho uma coisa com datas, não julguem)
Talvez essa inquietação sobre ficar sem você no inverno tenha a ver com todas essas datas das quais eu insisto em lembrar.
As quais eu sei que vão vir, uma após a outra e em pouco tempo.
Mas a de hoje pegou, porque parei pra pensar em quem eu era há um ano atrás.
Tentei lembrar de como eu me sentia, em quem eu pensava antes de dormir, em quem eu ansiava por ver no final de semana.
Eu só lembro que não tinha ninguém relevante. Talvez fosse uma benção.
Talvez por um detalhe do destino, por um 'cruzamento' eu não tenha continuado exatamente na mesma posição até... hoje?!
Eu só lembro que me sentia bem e feliz. Tinha recém voltado de uma viagem surpresa que tinha sido maravilhosa. E que o coração tava tranquilo.
Mas eu não lembro mais de quem eu era.
E jamais eu imaginava o que tinha por vir, mesmo que esperasse que algo parecido acontecesse um dia, era uma coisa distante e inexplorada.
Jamais era claro pra mim o tanto que eu esperava, o tanto que eu estava vulnerável a aparição de qualquer ser que me proporcionasse um mínimo disso tudo. Jamais era claro a intensidade com a qual eu podia me entregar no momento em que acontecesse.
Só um ano, não é nada no universo de tempo que a gente pode passar aqui e que chama de 'vida'.
O pior é não saber se sou melhor ou pior, se estou mais perto ou mais longe, se melhorei ou piorei.
Eu acredito que sim, mas é tão difícil fazer uma análise isolada e imparcial disso tudo.
A única coisa da qual eu tenho absoluta certeza é de que eu aprendi muito.
Aprendi principalmente sobre o que eu quero pra mim, sobre o que eu espero de alguém.
Sobre o quão boa eu posso ser, quão entregue, quão cega, quão de cabeça eu posso mergulhar.
Tudo se resume sobre se apaixonar, sobre querer estar apaixonada e mais ainda querer se manter apaixonada.



26, 2, 3, 6, 17, 23, 28, 3, 17, 26, 17, 24 e assim por diante.
Meses, muitos dias ímpares, coincidentes e repetidos que fazem todo o sentido.


Frase solta: "Difícil não é amar, mas acertar o tempo do outro. O amor é hoje um problema de fuso, entre quem tem paciência e quem tem pressa, entre os calmos e os ansiosos, entre os adeptos do Rivotril e os fanáticos da Ritalina."
Dele, sempre, Fabrício Carpinejar.

Beijos da Amy, hoje Ritalina.

17 de mai. de 2016

Tô com saudade dela - Porque há amores que nunca se vão

"A verdade é que tá foda. Ontem descobri que o amor da minha vida encontrou o amor da vida dela. Quando vieram os papos de aliança dourada, eu quis desconversar, mas não teve jeito, meus amigos disseram alto: ‘Esquece de vez. Ela vai casar’.

Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto. Não sejamos hipócritas, o sorriso de quem a gente ama também nos deixa destruídos no canto. Basta que não tenha sido ao nosso lado que os lábios, felizes, se abriram. E não entro em exageros de depressão e o caralho que for. Falo de perder o chão, as estribeiras, entender o que é dor.

Depois da notícia busquei meu altar e sequei duas garrafas de whisky. Não encontrei alívio algum. Escutei dez ou cem músicas de fossa. Nenhuma pareceu dizer o que eu queria dizer, o que eu queria escrever, o que meu coração precisava gritar.

Se eu começar a falar de sexo, aí é que a coisa fica feia. Ela transformou um menino em homem. Me dizia o que queria e como queria. Me ensinou o que a língua faz enquanto as mãos podem estar na nuca ou dando tapas de amor. Ela é dessas que não tem pudor. Faz do sexo o templo sagrado que deve ser. Seu limite é o gemido alto, o entorno é só um detalhe. De fantasias mil, eu já tive ao meu lado a mulher mais safada e independente que já se viu; e se verá.

Foi tanta coisa ao lado dela que minha cabeça me trai: começo a achar impossível alguém preencher todo o vão que ficou na partida. A gente já jogou bola na praia; eu – sem ciúme – já incentivei ela a diminuir a saia. A gente já tomou cerveja no gargalo; também fomos juntos conhecer o Brasil de carro. Ela nunca fez teatro, mas numa das nossas viagens encenou que morreu. Nunca vi aquela filha da puta rir tanto como quando eu gritei: ‘Pelo amor de deus, amor: acorda! Puta que o pariu, acorda!’

Falo por mim: ela é dessas que você dá corda à partir de um só sorriso. Joga o cabelo pro lado e te pede o isqueiro. Quando você menos percebe, daria o mundo inteiro para mais cinco minutos ouvindo cada palavra que sai daquela boca. Ainda não sei se aquela área de fumantes fez parte do melhor ou o pior dia da minha vida. Ainda não sei o que vale a pena nessa vida. Porque nos apresentar pessoas tão distintas e marcantes se logo depois vai nos tirar à força? Talvez eu ainda precise entender que felicidade é o beijo que se dá no presente, não planos de futurismos baratos.

Todos os dias eu ainda lembro que ela é do tipo que inspira só por respirar. Cujas palavras formavam frases que me queimavam o juízo. Dessas que têm no cabelo o cheiro que eu queria sentir ao deitar. A pele que eu queria sentir com a palma da alma quando acordasse. A voz, meu Deus, dessas que eu queria guardar e fazer música dentro de mim. Ela é assim: linda. E sobrava tanto que quando eu encostava nela, me sentia lindo também. E aqui falo de beleza que sai dos poros, não nas capas. Ela era justa. Podia gritar, podia chorar, podia implicar; mas eu morreria ao lado de uma justa. Só que não deu. Num desses dias esquisitos, sumimos. Ela foi pra lá. E eu vim parar aqui."

Copiado na íntegra de Fábio Chap
Porque achei bonito
Porque gostaria de ler algo assim sobre mim
Mas não depois que eu tivesse ido embora.

Talvez venha uma versão by Amy nos mesmos moldes em breve, se eu me inspirar.

12 de mai. de 2016

Precisava escrever

Tem um blog com esse nome né? Com esse título...
Abri o navegador e vim direto logar aqui
Por que faz uns dias que eu voltei a sentir sua falta e penso nessa página preta
Talvez eu precisasse escrever
Tocando a música que coloquei no último post
Não posso ouvir ela muito e sempre evito em público
Mexe comigo
Eu queria dizer que nos dias em que a saudade bate eu me permito sentir
Tento lembrar das coisas boas, e mandar elas todas de volta pro universo
Desejar teu bem
Mas não é fácil
Espero que seja só uma semana atípica
Só precisava desabafar
E tô travando aqui, acho que não sei mais escrever
Não consigo digitar tudo que passa aqui na minha cabeça, tão rápido
Maldita música

Hoje foi golpe baixo
Foi uma parte de dia difícil depois do almoço, bastante
Mas eu aguento
Ainda não é nada como foi da outra vez
Eu não consigo te imaginar voltando, nem indo
Nem ninguém novo chegando, nem como um dia vou conseguir manter algum tipo de relacionamento com outro ser humano
Uma vida sem ninguém não está nos meus planos
Talvez eu me recuse a viver se for pra ser assim

Ainda é certo esperar alguma coisa?



"Lie to me, lie with me, get your fucking fix."

"Então, me convence, poxa, diz que está tudo errado. Não me deixa ir ainda. Diz que é muito cedo pra desistir. Diz que descobriu uma música que é a nossa cara, que lembrou de mim, sentiu saudades. Diz que você não pode me oferecer garantia de nada, mas que quer estar aqui agora. Mas é isso, não é? É só do agora que a gente precisa, é você quem sempre diz: amanhã a gente vê como faz. Não me deixa ir ainda com essa sensação de quem poderia ter sido tudo, e, simplesmente, escolheu não ser."



Boa noite

27 de abr. de 2016

Feelings

Feeling used
But I'm still missing you
And I can't
See the end of this
Just I wanna feel your kiss
Against my lips
And now all this time
Is passing by
But I can't seem to tell you why
It hurts me every time I see you
Realize how much I need you

I hate you I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you
I hate you I love you
I hate that I want you
(...)

I miss you when I can't sleep
Or right after coffee
Or right when I can't eat
I miss you in my front seat
Still got sand in my sweaters
From nights we don't remember
Do you miss me like I miss you?
Fucking around and got attached to you
Friends can break your heart too
And I'm always tired but never of you

If I pulled a you on you, you wouldn't like that shit
I put this reel out, but you wouldn't bite that shit
I type a text but then I nevermind that shit
I got these feelings but you never mind that shit

Oh oh, keep it on the low
You're still in love with me
But your friends don't know
If you wanted me you would just say so
And if I were you, I would never let me go
I don't mean no harm
I just miss you on my arm
Wedding bells were just alarms
Caution tape around my heart

You ever wonder what we coulda been?
You said you wouldn't and you fucking did
Lie to me, lie with me, get your fucking fix
Now all my drinks and all
My feelings are all fucking mixed

Always missing people that I shouldn't be missing
Sometimes you gotta burn some bridges just create some distance
I know that I control my thoughts and I should stop reminiscing
But I learned from my dad that it's good to have feelings
When love and trust are gone
I guess this is moving on
Everyone I do right does me wrong
So every lonely night, I sing this song

I hate you I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you
I hate you I love you
I hate that I want you
(...)