E já foi.
Passou. Passou rápido como me avisaram. Mas minha
mente preparada captou e registrou tudo, enquanto meu corpo tremeu, vibrou, se
emocionou e sentiu todo o resto.
Eu não quis falar sobre isso no último post porque
talvez desse azar e no fim podia não acontecer. No sábado, lá estavam todos
eles. Mas... especialmente ele, de pé, pra mim. E de todas as pessoas que eu
tentei localizar naquele salão lotado e com os olhos ofuscados por todas as
luzes, o único que eu achei foi ele. (De novo) Lá, de pé, pra mim.
Podem perguntar o que tem a ver com o último post.
O quê?
Tem a ver que eu sempre imaginei figurativamente
que haveria alguém lá quando eu me formasse. Alguém além da família que é meu
primeiro amor, não duvidem disso. Era uma foto mental: eles e mais alguém singularmente
especial pra estar lá. E no fim das contas... há dois anos atrás apareceu alguém
que eu julgava que poderia ocupar essa posição pra aplaudir, assobiar e gritar
da plateia. Tantas idas e vindas, confusão e loucura nesse tempo... em algum
momento minha foto mental capturou o tal rosto singularmente especial e essa
imagem não saiu mais. Como não desejar que essa pessoa estivesse lá então?
Inevitável. Fico realmente feliz que tenha estado lá, e na festa, e no domingo
também – por mim.
Poucas palavras, mas olhares falam mais. Certas
coisas são (negativamente) típicas, não deveriam passar assim, mas passam
porque a compreensão já superou o espanto das diferenças que existem e vão
estar sempre ali. Correu tudo bem, o medo foi embora, mas não vi o brilho dessa
vez.
Eu só acho uma pena as pessoas não aproveitarem a
sorte que tem e absorverem o que de tão bom os outros oferecem. Aproveitar para
melhorar, buscar sempre evoluir, queria eu poder contagiar e me sinto de mãos atadas.
Me parece um potencial desperdiçado. Eu sei que tem potencial ali, um coração
bom, uma vontade perdida em algum lugar... falta direcionar as forças, focar,
se apaixonar e dedicar tudo.
Tô divagando, me perdendo, é muito pra falar.
Ontem fiquei com uma sensação meio definitiva que,
mesmo que (o que é bem provável) a gente jamais fique junto do jeito que eu
quis, queria, ou quero (??), passar esse tempo todo – que pra mim é um tempão –
tão apaixonada e louca e em função dessa mesma pessoa me prova que é possível
viver anos e anos com alguém mantendo uma chama. Me faz acreditar nos
casamentos felizes de 15, 20, 50 anos. Talvez me faça acreditar puramente no
amor em si, embora aí eu ainda tenha uma lacuna de provas pra tirar (já que é
uma via de duas mãos).
Um período especial, que jamais será perda de
tempo, e que acabando bem, ou mal será indiscutivelmente
lembrado como o primeiro de todos. É bem o que Caio diz:
“Daqui a 50 anos eu ainda vou saber seu nome e vou me lembrar de todas as vezes que você me fez sorrir. Na minha memória, tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos”.
No fim das contas, é isso e vai ser isso.
Um post de amor e gratidão por alguma coisa que
dois loucos mal sabem o que é, mas aos trancos e barrancos, pelo menos se
permitiram. Não se sabe por quanto tempo mais.
Que seja eterno enquanto dure.
Logo mais eu volto pra falar de todas as outras
pessoas especiais à sua maneira e importantíssimas que me prestigiaram e me
deixaram tão feliz no sábado. Volto pra falar de conquista, orgulho e
admiração.
Eu volto.