Em relação ao post anterior, desculpem-me, mas terei que comentar o trecho:
“Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. (...) Experimente ser amado...”
Posso parecer recalcada e tenho absoluta noção disso. Alguém muito sábio uma vez já disse que uma relação depende de duas pessoas. Acredito que, conseqüentemente o amor também.
Quem já não experimentou o amor? Soa banal, trivial, fácil. Quem já experimentou amar a dois é outra questão bem mais complexa.
Irônico não. E quem experimenta o amor sozinho? Que ama sozinho, sofre sozinho, sonha sozinho?
E quem é amado sabendo que aquela pessoa poderia ser tudo e o corpo simplesmente não obedece, o coração não obedece ao interesse que deveria surgir. Não obedece e aos amigos dizendo: “É tudo que você podia querer”
Fica claro que não falo aqui de amor de mãe, tia, primo, vó. Falo de homem e mulher, homem-homem, mulher-mulher ou todos juntos.
Me pergunto quase todos os dias o que é, afinal, ser amado. Eu não sei isso.
A vida ensina a gente a restringir o amor quando as coisas não vão pelo caminho que se espera.
Quando se tem 15 anos, a gente ainda não sabe disso. A gente ainda não sabe que pode frear sentimentos. Um beijo e o mundo desaba. Parece inevitável. Mas não. Ah, não. Em um dado momento deixa de ser.
É o tal “calejamento”. Vem com o tempo. Hoje, já não sei se ainda existe o arrebatamento. Esse inevitável arrebatamento.
Existe? Pergunto: depende só de mim amar? Depende só de mim experimentar ser amado?
Nem dar depende só de mim! Talvez seja um pouco mais fácil. Façamos isso então. Quem sabe o amor esqueça de começar numa dessas noites loucas, com alguém te puxando os cabelos da nuca, sem delicadeza, sem querer dormir encaixadinho.
Você acredita nisso?
Não.
Custa tentar?
Hehe.
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