15 de mai. de 2011

Ai

Queria esbravejar
Que tipo de pessoa some assim?
Por que esse teste de paciência e 'confiança' toda vez?
Chega a dar um aperto na boca do estômago de pensar.
Se eu sumisse assim, nunca significaria uma coisa boa. Jamais.
Se eu sumo é porque aproveito bem meu tempo. E eu adoro sumir, mas pra me manter ocupada a esse ponto tem que ser demais.
Eu sei que esse caso tem as horas contadas.
Eu sinto que tô cansando, eu já sabia desde a primeira vez que ele foi embora que eu ia me ferrar. Mas eu tô acostumada. Sair ilesa não teria nenhuma graça.
Foi tudo novo e será novo, enquanto eu aguentar. Eu queria que durasse mais.
Mas, por outro lado, prefiro que dure só enquanto o bônus for maior do que o ônus.
É um desgaste de expectativa bem grande. Ter que se motivar e pensar no que pode ou vai acontecer ali na frente pra continuar a coisa toda. Tentando se convencer que vai pra frente. Que vai ser da próxima que tudo vai mudar.
Mas essa Amy não é mais a mesma.
Me podaram, e aquilo que tinha pra crescer parou. Como numa poda, vai crescer de novo em algum momento. Mas eu posso arrancar a raiz de vez até lá e evitar dano maior.
Nós, mulheres em geral, estamos numa posição difícil. Vi hoje uma discussão sobre isso num bloco do programa Saia Justa. Parece que estaremos sempre numa posição inferior (ironicamente, embaixo), aguardando, esperando que a decisão deles confirme a nossa.
Não basta nós querermos, nós escolhermos. Até que ele concorde, nada está acontecendo "para todos os efeitos". Entendem o que eu quero dizer?!
Errei uma vez, não deixando claras minhas intenções. Foi a vez que quase enlouqueci depois.
Prometi não repetir o mesmo erro. Não repeti. O que eu espero, o que eu quero está exposto. Eu posso continuar esperando que ele mude de idéia e ir vivendo os poucos (bons) momentos que posso.
No fundo eu sei que não vai mudar. Uma paixão louca (da parte dele) não ia brotar do nada agora. Com a falta ele aparentemente já aprendeu a lidar. Não dá pra sentir falta do que não está presente todos os dias.
A minha relação com a falta é tão traumática que eu jamais vou me acostumar com ela (graças ao senhor que não). Eu realmente prefiro que doa do que não sentir nada.
Minha paixonite já foi embora também. Ela que foi podada com aquela conversa que resultou no impasse que persiste.
Eu poderia amar, numa boa. Amor pacífico, calmo, como eu sempre quis. Do jeito que dizem: a gente aprende a amar alguém. Eu sinceramente acredito nisso.
Agora, por que eu preciso decidir/definir?
Não sei, fica martelando aqui na minha cabeça. Pelo menos eu não teria que me preocupar mais, sentir o aperto na boca do estômago. Embora, eu sentiria de qualquer forma.
Pelo menos eu poderia deixar de pensar: qualquer lugar com ele seria melhor do aqui agora (porque aí eu não teria mais a opção).

Confusão.
Amo vocês.

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