13 de fev. de 2012

Humano, demasiado humano

"(...) e que haveria de adivinhar alguma coisa das consequências que toda suspeita profunda traz em si, alguma coisa dos calafrios e das angústias da solidão, a que toda incondicional “diferença de visão” condena aquele que dela é acometido, haveria de compreender também quantas vezes eu, para me repousar de mim mesmo e quase para me esquecer a mim mesmo momentaneamente, procurei colocar-me ao abrigo em qualquer outro lugar – num respeito qualquer ou hostilidade ou ciência ou frivolidade ou tolice; também porque, quando não encontrava aquilo de que “precisava”, tive de procurá-lo para mim próprio com engenhosidade, falsificando-o devidamente, inventando-o devidamente (e que outra coisa jamais fizeram os poetas? E para que serviria toda a arte deste mundo?).
Ora, aquilo de que eu mais precisava sempre, paa minha cura e meu auto-restabelecimento, era a convicção de que não era o único a me comportar assim, a ver desse modo (...)."

(...)

"Basta eu estar vivo ainda; e a vida, além do mais, não é uma invenção da moral,: ela quer ilusão, ela vive da ilusão..."



Por hoje é só.

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