24 de set. de 2013

John Mayer

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Único som
Única pessoa
Só isso na minha cabeça pelos últimos 5 dias.
Eu nunca tinha ido em um show de alguém que eu fosse realmente louca por - talvez o Tiesto tenha sido o mais próximo disso, mas é outro contexto.
O pior é voltar mais louca ainda. Só o que toca no meu iPod é ele.
É só o que toca aqui dentro, mesmo sem fones de ouvido.
As coisas acontecem do jeito certo. Não consegui o ingresso pra ver ele no Rio, me decepcionei e aí BAM, divulgaram um show extra em SP em uma véspera de feriado gaúcho. Foram as melhores coisas que me aconteceram. Não teria ficado insatisfeita com 1:10h de show do RIR, mas teria perdido 2:50h extraordinárias em um show só dele no Anhembi.

E que show. É ridículo ficar extasiada assim?
Só sei que lá, no meio de tudo, tive a certeza que não vou deixar de curtir o som dele jamais. Tive a certeza que onde ele for eu vou atrás. Tive a certeza que preciso ver ele mais de perto, lá da pista VIP.
Estranho era eu achar que ia me debulhar em lágrimas quando tocasse Slow Dancing in a Burning Room e na verdade o que deixou meus olhos marejados foi Half of my Heart e eu preferi não deixar elas rolarem.
É impressionante a humildade de um artista em confessar que, depois de 6 álbuns, não tem certeza se a próxima música vai ser bem vinda. Ele diz isso depois de tocar Dear Marie, ser acompanhado do começo ao fim e aplaudido por muitos minutos seguidos (vídeos no fim do post).
É mais impressionante ainda sentir sinceridade e emoção nessa confissão.

O show podia ter terminado com Wheel e também com Why Georgia ambas, mais uma vez, com muitos aplausos no final (muitos mesmo) e muitos gritos (muitos mesmo), mas ele sai e volta sem a banda... com um violão na mão pra terminar com Neon e Gravity (imagem no fim do post). Solos sensacionais e, como algum jornal disse, do único tipo de agrada às mulheres também por algum motivo. Volta a banda toda pra agradecer e se enrolarem todos em uma bandeira do Brasil.

Sobre fazer as coisas com paixão... é visível quando uma banda ou um artista tem amor pelo que faz e não está ali somente pelo cache que vai receber. John e a banda inteira teriam tocado a noite inteira. Sentariam no palco e ficariam ali. Mas a intensidade é tanta que todos saem exaustos. Nós e eles. John parecia não poder caminhar mais e eu sentia dor nas mãos por ele. Mesmo assim ele deu tudo, deixou tudo lá e, de novo, sua emoção tem credibilidade total. Ele é sensível como compositor, como alma, como artista e como cantor. Quem escreve todas essas letras maravilhosas há mais ou menos 10 anos não colocaria as palavras da maneira que colocou e com a paixão que colocou se não sentisse de verdade. E eu acredito nisso, vou acreditar mesmo que venha uma biografia em que ele diga que odiava o que fazia (vide caso Andre Agassi).
A vida é isso. Você escolhe no que acreditar. Eu acredito e tomo pra vida muito do que tem nessas letras porque é a realidade exatamente do jeito que eu sinto.







Minha intenção aqui não é deixar ninguém arrependido por ter perdido a oportunidade, é justamente a de mostrar o quanto você não deve perder de novo. Eu não vou perder nunca.

Tenho mais tópicos pra falar sobre ele. Está nos rascunhos e vem pra cá nos próximos dias.
Beijos, Amy.

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