30 de out. de 2013

Sem chorar

Tava querendo passar aqui, mas tava querendo escrever sem deixar rolar nenhuma daquelas amigas quentes que rolam fácil dos olhos quando eu abro essa página em branco.
Uma janela pro mundo onde tu pode gritar, mas ninguém ouve.
Na verdade, nem tenho como expressar o que 2013 NÃO foi pra mim. Comecei a pensar no balanço do ano mais do que no balanço da vida quando fiz aniversário. Não sou de ficar pra baixo com essa data nem nada, só percebi que esse ano que tá quase no fim no geral foi...foda.
Claro que aconteceu coisa boa, não vou ser ingrata.
Mas em uma imagem de fora, eu só me vejo remando e remando contra uma correnteza que quer me levar pro outro lado, um lado mais fundo e escuro. Eu me vejo tão exausta nessa imagem que a sensação é que mesmo que eu passe a correnteza ainda corro o risco de morrer na praia.
Eu descobri que eu odeio desistir. Eu não fui criada pra isso. Mesmo quando não se deve mais, não se precisa mais, eu persisto porque é assim que me ensinaram (talvez não tenham me dito que uma hora a gente TEM que parar). Ainda assim eu não quero desistir de dois meses de vida pra esperar 2014 chegar. Corre o risco de as coisas nem melhorarem tanto no fim, embora eu vá fazer de tudo pra romper um ciclo e começar do zero tudo DE NOVO
O velho clichê de: ‘você está rodeada de gente, mas se sente sozinha’ está virando um mantra de repetição dentro da minha cabeça. Uma voz bem baixa que vai aumentando e aumentando. Eu olho pros lados e todas as relações que eu construí – e construí bem – não me trazem companhia quando eu preciso. Gente, só o que eu preciso as vezes é isso. (“Don't say a word, just come over and lie here with me”).
Me parecem necessidades tão básicas, como pode ser tão sofrido pra supri-las? Eu me sinto uma mulher das cavernas lutando pra preencher a base da pirâmide de Maslow (segundo Wikipedia): respiração, comida, água, sexo, sono, excreção, abrigo.
Como faz com aquelas que não dependem só de você?




“Because I'm just about to set fire to everything I see”
Obs: claro que as amigas rolaram.

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