26 de mai. de 2016

Aniversários

E começa a era de aniversários.
(Sim, eu tenho uma coisa com datas, não julguem)
Talvez essa inquietação sobre ficar sem você no inverno tenha a ver com todas essas datas das quais eu insisto em lembrar.
As quais eu sei que vão vir, uma após a outra e em pouco tempo.
Mas a de hoje pegou, porque parei pra pensar em quem eu era há um ano atrás.
Tentei lembrar de como eu me sentia, em quem eu pensava antes de dormir, em quem eu ansiava por ver no final de semana.
Eu só lembro que não tinha ninguém relevante. Talvez fosse uma benção.
Talvez por um detalhe do destino, por um 'cruzamento' eu não tenha continuado exatamente na mesma posição até... hoje?!
Eu só lembro que me sentia bem e feliz. Tinha recém voltado de uma viagem surpresa que tinha sido maravilhosa. E que o coração tava tranquilo.
Mas eu não lembro mais de quem eu era.
E jamais eu imaginava o que tinha por vir, mesmo que esperasse que algo parecido acontecesse um dia, era uma coisa distante e inexplorada.
Jamais era claro pra mim o tanto que eu esperava, o tanto que eu estava vulnerável a aparição de qualquer ser que me proporcionasse um mínimo disso tudo. Jamais era claro a intensidade com a qual eu podia me entregar no momento em que acontecesse.
Só um ano, não é nada no universo de tempo que a gente pode passar aqui e que chama de 'vida'.
O pior é não saber se sou melhor ou pior, se estou mais perto ou mais longe, se melhorei ou piorei.
Eu acredito que sim, mas é tão difícil fazer uma análise isolada e imparcial disso tudo.
A única coisa da qual eu tenho absoluta certeza é de que eu aprendi muito.
Aprendi principalmente sobre o que eu quero pra mim, sobre o que eu espero de alguém.
Sobre o quão boa eu posso ser, quão entregue, quão cega, quão de cabeça eu posso mergulhar.
Tudo se resume sobre se apaixonar, sobre querer estar apaixonada e mais ainda querer se manter apaixonada.



26, 2, 3, 6, 17, 23, 28, 3, 17, 26, 17, 24 e assim por diante.
Meses, muitos dias ímpares, coincidentes e repetidos que fazem todo o sentido.


Frase solta: "Difícil não é amar, mas acertar o tempo do outro. O amor é hoje um problema de fuso, entre quem tem paciência e quem tem pressa, entre os calmos e os ansiosos, entre os adeptos do Rivotril e os fanáticos da Ritalina."
Dele, sempre, Fabrício Carpinejar.

Beijos da Amy, hoje Ritalina.

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